quinta-feira, 31 de maio de 2012

Pierrot


Uma lágrima cai, meu amor, 
Dos olhos de contas, da cara pintada.
Uma lágrima cai, meu Pierrot,
Dos olhos de contos de fadas.
Vejo que a tragédia acabou
E que você poderia aplaudir,
Mas um artista sincero vai além
Dessa encenação de sorrir.
Uma lágrima cai, palhacinho do amor,
E não a esconde, pois chorar é lindo!
Personagem inocente, triste/alegre Pierrot,
Posso ouvir teu coração frágil partindo...
E ainda assim quero saber, como você, amar
Sem impor a reciprocidade,
Pois é na coragem de se desarmar
Que está o prazer de sentir de verdade.





4 comentários:

  1. Este poema, para mim, descreve a intensa afinidade de um ser concreto, com o comportamento mais puro de um ser abstrato. Pierrot, o personagem mais sincero, sentimentaloide e ingênuo. Amar foi sua cina...

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  2. Deri, não sei como você consegue achar imagens tão perfeitas e contextualizadas para inserir nos seus textos...
    Fazer por prazer parece o mais significativo nas edições. Tudo o que se faz por prazer, por gosto fica bom.
    Você faz com a alma. A alma mais evoluída que eu já conheci. Você está a frente de seu tempo!
    Em outras palavras...Tu escreves bem pra caralho! Amo tu!

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  3. obrigada! vc é uma das pessoas que ajudam minha alma a evoluir. rss

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