sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A quilômetros de qualquer lugar...

Eu amo você. De verdade. Queria conversar com você, poder realmente conversar, sem escudos, você entende? Sem armas...
Queria  realmente ser tua amiga e me permitir sem medo. O problema é que eu não posso confiar sem provas, sem uma espécie de consentimento teu...
Isso tudo é tão difícil! Porque dói. E por doer é que eu me afasto... não pertenço a lugar algum, a nada.
Como você disse uma vez, meu coração bate sem motivo... apenas bate.
Mas entenda que essas noites de loucura ainda são meu lar, que eu só me sinto bem sendo crua.
Então eu sei que as vezes somos cruéis.
Eu apenas mergulhei no mistério, eu questionei o que disseram pra gente. 
Nós sabemos que nada disso é realmente o certo.
E por isso não importa, meu bem, não importa onde isso vai nos levar...
Apenas vamos nos divertir mais uma noite,
é o que temos e é bom.

Eu, que já há tanto tempo não tenho mais aquela visão romântica de mundo, amo. Entendo que o amor é uma necessidade de socialização essencialmente egoísta, mas isso não torna o que sinto menos real ou espontâneo, assim como minha descrença em deuses não tornou a vida menos incrível e misteriosa pra mim.

Aceite ou fuja.

De qualquer forma, não espere de mim nada além de uma chama para te esquentar 

e apagar 
tão rápido quanto queima...

terça-feira, 13 de agosto de 2013

O canto da Sereia

A mesma velha bagunça... Palavras mal ditas, malditas, caladas... Momentos incertos e eu pisando nos mesmos buracos, descalça, incapaz de aprender... Parece que só eu não encontro um modo de ser, caindo sempre nesse maldito poço sem fundo... 
É sempre o mesmo velho medo levando ao mesmo desastre de sempre. Tudo para eu descobrir que na verdade estou errada?
Aquelas frases não serão apagadas, aqueles dias não serão devolvidos. O mundo escorre como areia entre meus dedos... 
A incerteza torna o ar pesado... Sem respostas e sem perdão.