quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Flores Pisadas


nossas almas densas estão flutuando num aqui de desassossego e meu corpo está repleto de lágrimas por dentro, como se fossem todo meu conteúdo. (e eu não consigo esquecer aquela menina e sua alma que é uma nuvem carregada. meu deus, ela me faz chorar! ela me faz sentir sobrenaturalmente viva...)
quando éramos crianças, éramos as criaturas mais felizes e inocentes que jamais voltaremos a ser, agora que enchemos nossas bagagens de desapontamentos e mágoas e agora que você se tornou tão perversa e é só mais um rasgo no meu peito, o fim de toda minha inocência... mesmo assim eu consigo te amar (em silêncio) apenas por tudo que eu vivo ao te ver, te amar não pelo que você é, mas pelo que provavelmente você foi...
porque, eu tenho certeza, somos todos meninos e meninas perdidos numa terra do nunca. não aprendemos a viver direito, pois estamos cheios demais de uma vontade torta de viver. e não importa, sinceramente não importa que você não sinta o mesmo, não importa que tudo seja delírio de minha mente completamente distorcida... eu acredito no que eu sinto porque é tudo o que no fundo eu tenho. e tudo o que eu sinto de bom é o pelo do meu cachorro deitado no meu pé, é o cansaço que dá no fim de uma dança, é o gole quente do meu café, é a chuva fina caindo por fora da janela deixando tudo cinza claro limpo e belo...
me alivia por dentro, desabo em lágrimas, me sinto preenchida de uma alegria de âmago, não por ser eterna nem por ser real, mas por ser toda a intensidade e sentido que posso encontrar na vida.



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