sábado, 23 de fevereiro de 2013

Tempestade de Sofrimento Vazio

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O último gole de café
Sempre será frio?
Me provocará arrepio
o vento sórdido da madrugada?
Sinto como se o dever de ser fosse piada.
Tudo apenas me aliena de minha própria natureza...
Devo fugir e procurar pela beleza,
Essa cruel armadilha desse mundo de ilusão?
Ou devo obedecer à lei com resignação
E me acostumar com o gosto mais ou menos 
Do cotidiano
Fatídico e feio,
Sólido e banal?
Estará sempre engaiolado o nosso lado animal
Puro, perigoso, verdadeiro.
Porém, ainda vence o jogo quem souber roubar primeiro
Na leve fragilidade de um impulso.
Eu vivo em cima do muro,
Porque não há espaço pra fantasias
E então me adoeço com qualquer remédio
Que faça parecer menor o tédio,
Que faça parecer melhor a vida nessa selva de prédios,
De simular, pateticamente, liberdades...
Até o momento em que pareça saboroso
O gole frio do meu café,
Sigo lentamente entre artifícios que me arrastem
Pelo caos em que vivo sem nenhuma fé.




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