terça-feira, 16 de abril de 2013

perdendo minha religião...


uma boca sem palavras já me convence,
mas sem mais pretensões de futuro
o que conta é o presente.
acho que não tenho mais tanto medo de mim;
acho que esse é o meu jeito de ter espiritualidade,
tentando me libertar o máximo que consigo
e ainda é tão pouco!
será que um dia poderei fugir?
será que serei digna do título de senhorita solitária
e rolar como uma pedra no asfalto,
e voar como uma folha que cai?!
sentir na pele o peso da queda...
simplesmente me deixe tentar.
sinto falta de vento na cara,
sorriso sincero no rosto,
nada nos bolsos ou nas mãos,
sinto falta de ter frio na barriga e brilho nos olhos...
tesouros que eu caço
agora que estou tão desencantada e ainda assim desajustada demais para me conformar.
quero sentir mais e confessar amor,
confessar um falso amor que parece que nunca sentirei 
a não ser de forma generalizada por todo mundo,
numa relação de amor e ódio com a humanidade.
alheamento.
alienamento.
sabedoria.
filosofia.
psicologia de bêbado.
que diabos estou fazendo da vida?! não sei, e não posso, definitivamente salvar ninguém!
não eu, que não aprendi a me entregar
e que sou sempre tão individual e introspectiva.
me ensinem sobre o desequilíbrio, vocês que parecem ter o dom! eu o quero.
mas eu não me importo
não faz diferença, eu vou morrer...
vamos todos.



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