Luminosidade num velho apartamento com piso de madeira.
Eu, só uma criança, uma menina vestida em roupas leves de cores suaves.
Sentada no chão da sala de um velho apartamento.
Silêcio.
Silêncio e solidão. Apenas a voz da mãe cantando uma música antiga.
Mas minha irmã vem brincar comigo.
Tudo parece tão limpo e tão bom!
Tudo é simplicidade; mas algo dentro de mim é medo, um medo tão remoto
que é ignorado, distante como algo que só brotará no futuro.
A menina tem medo de ficar só, de se perder, do escuro.
A menina sabe que um dia vai crescer e vai ter de enfrentar esses medos...
A menina às vezes chora. Aquela menina que era eu...
Naquele apartamento a vida era certeza, segurança e felicidade.
Sem dúvidas, sem ódio, sem inveja, sem mágoa, sem ambição.
As crianças brincam de boneca, pulam elástico, corda, amarelinha,
correm na escola, caem na rua, aprendem a somar...
A mãe prepara água para o banho...
Logo logo o pai vai chegar e nós vamos nos esconder debaixo da mesa.
Dia de praia... Domingo... Naquele tempo era mesmo divertido,
como os dias de ir brincar no parque. Vamos brincar na areia e comer besteiras...
Nos dias de frio havia a gripe, mas havia o chá da mãe, o colo,
as historinhas à noite... Ficar enrolada de baixo das cobertas... Dormir no quarto dos pais...
Havia o medo dos fantasmas, porque o sobrenatural existia, porque Deus existia
e me amava, e eu falava com ele todas as noites, e meus pais me abençoavam
todas as noites...
Podíamos passar horas na janela do quarto, observando as nuvens, era legal...
Podíamos anoitecer ouvindo FM em meio aos ursinhos...
Porque tudo valia a pena. Porque tudo era fácil.
As festas comemorativas não tinham função puramente capitalista
naqueles dias.
Dentro de mim havia um sonho... Não havia maldade, não havia malícia...
Havia convicção na existência de um paraíso, uma certeza profunda
que criaturas mágicas me protegiam e guiavam...
Lembro que houve uma luta, onde era eu contra um mundo violento,
diferente do qual eu conhecia.
E tudo mudou. Cenário, figurino, história e canções... Até mesmo os personagens
não são mais os mesmos...
O que aconteceu com meus pais? Envelheceram, distanciaram-se,
viraram outras pessoas para mim... Não eram tão seguros, protetores, verdadeiros e corretos como eu imaginava.
O que aconteceu com Deus? Desapareceu de dentro de mim,
entre um livro e um fato, entre uma lição e uma decepção...
O que aconteceu com a menina? Se transformou nesta pessoa fria
e sem grandes esperanças...
Quando aconteceu?
Que mundo é esse meu agora?
Céus! Uma vida tão curta, tão insignificante diante do Universo!
Como é possível que eu tenha sido, na mesma vida, um anjo e um demônio?
é, vc viu minha reação..... =/
ResponderExcluirashuiahsuiahsuihasiu
e nao foi rir
ahsuahsuiahsiuahsiuahs
que merda!
so a gente vai entender o significado disso
a intensidade de cada linha e palavra q vc escreveu.
Toda vez que relembramos td isso, vc sabe q eu viro a pessoa mais sensivel do mundo...
eu choro, mas eh bom ter saudade, pelo menos nao significa q foi sempre dificil...
axo q oq torna minha pessoa feliz eh saber q tenho esses momentos, essa parte simples e essencial, sei la... VC... rsrs
q merda, vc ta vendo eu escrever hasuihsiuahsuia
ah vei, nossa infancia foi a melhor! viveria td mil vezes mutiplicado pelo infinito
vc eh a pessoa q me faz sentir as melhores coisas do mundo... e sao melhores pq sao verdadeiras, conseguem atingir meu ponto G kkkkkk
eh serio, isso qse me faz gozar kkkkk
amo imensamente demais e fodasticamente muito!
=O
ResponderExcluirque comentário desgraçado de grande e esse?! aushaushashaushauh
E vc ainda fica desvirtualizando! u.u
Tudo bem, eu te amo mesmo assim...
ah! e vc sabe q eh minha razão de existir... e se vc n tivesse nascido... eu seria filha única! =P
ResponderExcluirashaiuhsuahsiuahsiuahisuhashais imbecil
ResponderExcluirolha quem fala em desvirtualizar coisas .... ai ai