quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Sem país, sem religião

Não posso ver o céu agora
Há muitas nuvens no céu e em minha memória
Hoje meu espírito é uma nuvem carregada
Carregada pelo vento
Parece que  a fatalidade chama meu nome
Mas eu sei que é só acaso
E eu não sinto medo de perder
E eu não sinto medo de errar
Todo o meu temor é por quem espera
Mais que a chuva que derramo
Ou que o sol que queima o mundo

Veja só no que me tornei
De tanto ir atrás do perigo
nesse mundo bandido
Eu sempre quis ser só mais um
Eu sempre quis ser multidão
E as vezes sou só indivíduo, individual
E as vezes me sinto única
O que torna tudo tão solitário

Veja no que nos tornamos
Enquanto o sol não vinha
Eu ainda espero a luz
Que vai me arrastar pela estrada tão dura
Não posso ver a estrada agora que estou voando
Não voo em bando
Mas não tenho medo (nem tenho rumo)
Hoje meu espírito é cigano
E está mais presente em você que em mim.




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