quarta-feira, 4 de julho de 2012

Luz Paranóica

Quem explica a chuva da fúria dos olhos?
Quem entende o impulso dos lábios nos lábios?
Onde há lugar na Natureza para a natureza humana?
Quem sabe a razão das ânsias carnais?
Estou tão triste, mas não estou chorando...
Te quero muito, mas não estou te amando...


Eu não sei nada da vida,
Eu não sei como me comportar,
Mas eu também necessito de alma,
Preciso de calor humano!
Pensei te amar, mas só estou te usando...
Quero te matar, mas só estou pensando.


De onde é que saiu tanto orgulho?
Quem pode deter o perfeito defeito humano?
Quero destruir tudo, mas só estou dançando...
Quero te matar, mas só estou te olhando.


Nenhum de nós presta!
E o que nos resta 
É se acabar no fim da festa.


Me acostumei a ignorar a dor do corpo,
Me afoguei dentro de mais um copo
Junto dos outros loucos noturnos sem porto,
E hoje o que vier eu topo.






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