quinta-feira, 30 de agosto de 2012
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
domingo, 12 de agosto de 2012
Melancolia
O que você faria se não houvesse pudor,
Se não houvesse poder contra os nossos impulsos,
E o sofrimento que tua força é capaz de causar
Fosse permitido em qualquer lugar?
O céu agora é todo branco
E desaba seu desamparo sobre o meu,
Eu com meu casaco cor de vinho
Afugento o frio do meu sangue escarlate.
Ideias sombrias passam pelo clarão fosforescente
De meus olhos negros, de minha alma negra...
Eu não sei mesmo o que é felicidade
E se ela é mesmo melhor que esse vazio
Que me faz caminhar desatenta
No meio de uma tempestade.
No mais, acho que deve ser tarde
Para mudar o rumo em que sigo.
Não há nenhum perigo
Em viver como eu vivo;
Eu já estou cansada de tudo,
Mas sinto um aconchego intenso
Na forma rude que vejo o mundo.
Porque essas visões são minhas,
Meus segredos, meus silêncios são todos meus!
Não há poder ou pudor que me impeça
De usar minha liberdade ao meu modo,
De ir no meio de uma tempestade.
O céu agora é todo branco
E desaba seu desamparo sobre o meu sangue escarlate.
No mais, acho que deve ser tarde...
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